Raciocínio 23/200
Esclarecimento sobre os "autos"

Motivação para viver, a busca pela felicidade através de um método de esforço cognitivo. O método que usamos é efetuado por etapas graduais. Será o encadeamento destas etapas que nos levará a entender este processo complexo constituído por 200 raciocínios.
Começaremos vários exercícios de motivação. Poderá comentá-los, ou enviar mensagem em privado para o nosso email:
Auto.ajuda.mundo@gmail.com

Iremos gradualmente e por raciocínios adquirir conhecimento motivacional. Sugerimos que comece pela 1° raciocínio para poder perceber o encadeamento dos raciocínios que iremos estabelecer, e faça a leitura ao seu ritmo. Basta em cima selecionar "Raciocínios" e 1/200, e depois por 2/200 e assim por diante.

Vamos fazer aqui um resumo de todos os raciocínios que já abordámos:
1/200 - O início de uma caminhada
2/200 - O problema de atribuir significado a pensamentos que não interessam
3/200 - Não permita que o passado exerça poder sobre si
4/200 - Transcenda as limitações do passado
5/200 - A mente e o poder incrível da imaginação
6/200 - Os rituais do imaginário
7/200 - Preferir a "felicidade" à "depressão"
8/200 - Vamos criar um raciocínio produtivo
9/200 - O problema da crença do poder da atração
10/200 - Escolher a felicidade e recusar a infelicidade
11/200 - A explicação do nosso "segredo"!
12/200 - O problema da Ataraxia
13/200 - A emoção da tristeza
14/200 - Nós somos responsáveis pela maneira como nos sentimos
15/200 - A lei da fé
16/200 - O que fazer com a inveja
17/200 - Quando está tudo escuro e a luz que brilha está bem longe
18/200 - A Paz Interior o motor da vida (1/3): introdução
19/200 - A Paz Interior o motor da vida (2/3): A pedra verde
20/200 - A Paz Interior o motor da vida (3/3): A regra do silêncio deixando de ter razão
21/200 - Retirar de nós a auto-piedade, auto-rejeição, auto-depreciação, auto-anulação (parte 1)
22/200 - Auto-acusação e Auto-piedade (parte 2)

Hoje vamos ver o nosso 23° raciocínio, e tentar esclarecer de uma vez por todas a questão dos "autos".
Ficámos por resolver o exercício anterior e explicar uma série de "autos".

Chamamos "auto" porque estamos a referir a algo que fazemos a nós mesmos, é um auto-qualquer coisa.
Isto porque temos estado a associar a cada "auto" uma palavra "negativa"(1).

Auto-depreciação(2) 
Como exemplo auto-depreciação quando nos depreciamos a nós mesmos. Podemos verbalizar isso ou fazemos isso no nosso pensamento. Eu simplesmente deprecio-me, falo mal de mim mesmo, com desprezo, do que eu sou, do que eu sou capaz, do meu aspecto fisico... e faço isso no meu silêncio.

Auto-anulação(3)
Ou auto-anulação quando nos anulamos a nós mesmos de forma verbal, quando falamos isso ou auto-anulação silenciosa: no meu silêncio, dentro de mim mesmo, anulo-me como pessoa, "não sou capaz de..." e vários tipos de anulações; e repare que você pode não ser bom (ou boa) em inglês, e então anula-se, fica impedido(a) a responder a anúncios de emprego porque não sabe inglês ou não tem inglês fluente, e pior também não altera isso…

Auto-rejeição(4)
Quando nos rejeitamos a nós mesmos verbalmente proferindo palavras de rejeição ou auto-rejeição silenciosa: eu rejeito-me, atribuo a mim mesmo incapacidades de várias coisas e rejeito a minha pessoa, a minha personalidade.

Auto-piedade ou auto-comiseração(5)
Arranjamos estratégias para que outros sintam pena de nós, e tomamos o lugar de vítimas em vez de sermos os(as) autores(as) da nossa história [havemos falar muito sobre isto];

Auto-acusação silenciosa(6)
Você se acusa interiormente de várias coisas negativas, usa palavras que deitam para baixo, se auto-inferioriza, considera-se inferior aos outros, e então auto-acusa-se.

Os autos de que temos vinda a abordar, são aquelas palavras que usamos para falar de nós mesmos de forma depreciativa e em forma de acusação e isto quando o fazemos de forma "negativa"(7):
"sou gordo",
"sou feia",
"não presto para nada",
"não tenho vontade de viver", e aí por diante.

Autos-silenciosos(8)
A cada "auto" também associámos a palavra "silencioso" apenas para designarmos que será algo que fazemos no silêncio da nossa mente, não precisamos verbalizar, apenas "pensamos" isso.

"Auto" + qualquer coisa + silencioso(9)
Assim, deste modo, sempre que falarmos sobre um "auto" + qualquer coisa + silencioso, significará que será algo que fazemos no interior da nossa mente, sem verbalizar.

Repare, muitas vezes pensamos "maus pensamentos de nós mesmos".

Exercício 1
Releia a frase anterior várias vezes apenas para tentar perceber que isso poderá realmente acontecer.

Portanto fica esclarecido que sempre que usamos um "auto" associado a mais uma palavra como anulação, rejeição, depreciação, acusação, será sempre algo que fazemos contra nós mesmos, e podemo-lo fazer verbalmente, ou no silêncio da nossa mente através de pensamentos(10).

Eu posso rejeitar-me como pessoa no silêncio da minha mente, sem se quer verbalizar uma palavra.
E assim por diante… é um "auto" junto de uma palavra que deita para baixo, um mecanismo de destruição interior, um mecanismo que você desenvolveu ao longo da sua existência para se destruir interiormente(11).

É possível alterar esta trajetória(12). E estamos aqui para isso(13).

Epicteto [um Filósofo] um estóico [uma corrente filosófica chamada de estoicismo](14), diz:
"não são as coisas que nos afetam, mas a interpretação que nós fazemos sobre as coisas que nos afetam"(15).

É por isso que pessoas reagem de forma diferente(16).

É o nosso assentimento sobre algo que define a forma como somos afetados(17).

"Assentimento" tem a ver como eu aceito aquilo para mim(18).

A pessoa com quem vive, diz: "vai para a merda", e isto pode deixar de ter o sentido que é dado, se deixarmos de dar aquele assentimento, porque não somos afetados por isso(19).

Estamos a falar sobre um crescimento interior bem grande. E é isso que queremos obter de si, um crescimento interior tal que deixa de ser afetado(a) pelo exterior e consequentemente não danifica o seu interior(20).

Este é um dos ensinamentos mais difíceis a questão do "meu assentimento"(21).

Vamos definir esta palavra: "aquele que crê adere ao dizer de alguém", esta é a definição de "assentimento"(22).

Eu dou o meu assentimento, ou aceito aquela palavra como tão pejorativa que me sinto ofendido(a) com aquilo que foi dito(23).

Exercício 2
Porque pessoas ouvem a mesma palavra de forma "pejorativa" e têm reações diferentes?

E a resposta a esta questão é porque a forma de interpretar aquela palavra que foi proferida, é interpretada de forma diferente, sendo a mesma palavra(24).

"Vai à merda", ouvir isto da esposa, pode fazer rir, ou pode deixar-me profundamente ofendido(25).

Isto não é um ensinamento fácil. Nas relações amorosas o que mais descobrirmos é um não desenvolvimento desta matéria(26).

Simplesmente ficam ofendidos, ficam ofendidos por tudo e por nada, em vez de aproveitar o momento para rir da palavra proferida e não lhe dar o "assentimento"(27).

Os estoicos (filósofos) perceberam isto muito bem, não dando relevância às "emoções destrutivas"(28).

Então vamos viver uma vida de desrespeito, e vamos deixar que nos espezinhem, e não vamos colocar os pontos nos iiiis?(29)

Repare que pretendemos construir relações, criar pontes e não fossos nas nossas relações(30).

Queremos "amigos" e não inimigos(31).

Queremos que falem bem de nós e que não tenham nada contra nós(32).

É mais fácil viver em paz do que em constante guerra no trabalho com colegas e chefias ou noutras relações(33).

Cada palavra mal proferida contra nós, não lhe damos o assentimento(34).

Nós iremos desenvolver este tema mais para a frente. Aqui apenas pretendemos que entenda os "auto-silenciosos" que fazemos connosco(35), e a única forma de resolvermos estes "auto-negativos" que atribuímos a nós mesmos é através do "apanhar um pensamento em flagrante"(36). Iremos falar sobre isso.

Exercícios do Raciocínio 23/200
Copie estes exercícios para uma folha A4 e envie a pergunta e resposta para o nosso email: Auto.ajuda.mundo@gmail.com

23.1. Qual o significado que damos a "auto" sempre que associamos uma palavra "negativa"? (1)
23.2. Quais os 5 "autos" "negativos" que aqui abordamos? (2,3,4,5,6,7)
23.3. O que são "auto-silenciosos"? (8,9,35)
23.4. Tanto verbalmente quanto nos pensamentos podemos fazer mal a nós próprios. Explique (10,11)
23.5. Qual o filósofo e corrente filosófica que abordamos neste raciocínio? (14)
23.6. O que nos afeta? (15,17,18,19)
23.7. Qual o objetivo dos raciocínios? (20)
23.8. O que é o assentimento? (21,22,23)
23.9. Podemos interpretar palavras "negativas" de outra forma? (24,25)
23.10. Como nas relações amorosas podemos não afetar com palavras? (26,27,28)
23.11. Qual o nosso objetivo em TODAS as relações? (29,30,31,32,33)
23.12. Qual a única forma de resolver os "auto-negativos" silenciosos? (35,36)

Abraço fraterno
Nuno Miguel Gomes
(Sociólogo e Filósofo)

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