
Raciocínio 19/200
A Paz Interior o motor da vida (2/3): o poder da recordação
Motivação para viver, a busca pela felicidade através de um método de esforço cognitivo. O método que usamos é efetuado por etapas graduais. Será o encadeamento destas etapas que nos levará a entender este processo complexo constituído por 200 raciocínios.
Começaremos vários exercícios de motivação. Poderá comentá-los, ou enviar mensagem em privado para o nosso email: Auto.ajuda.mundo@gmail.com
Iremos gradualmente e por raciocínios adquirir conhecimento motivacional. Sugerimos que comece pela 1° raciocínio para poder perceber o encadeamento dos raciocínios que iremos estabelecer, e faça a leitura ao seu ritmo. Basta em cima selecionar "Raciocínios" e 1/200, e depois por 2/200 e assim por diante.
Vamos fazer aqui um resumo de todos os raciocínios que já abordámos:
1/200 - O início de uma caminhada
2/200 - O problema de atribuir significado a pensamentos que não interessam
3/200 - Não permita que o passado exerça poder sobre si
4/200 - Transcenda as limitações do passado
5/200 - A mente e o poder incrível da imaginação
6/200 - Os rituais do imaginário
7/200 - Preferir a "felicidade" à "depressão"
8/200 - Vamos criar um raciocínio produtivo
9/200 - O problema da crença do poder da atração
10/200 - Escolher a felicidade e recusar a infelicidade (Parte 1)
11/200 - A explicação do nosso "segredo"!
12/200 - O problema da Ataraxia
13/200 - A emoção da tristeza
14/200 - Nós somos responsáveis pela maneira como nos sentimos
15/200 - A lei da fé
16/200 - O que fazer com a inveja
17/200 - Quando está tudo escuro e a luz que brilha está bem longe
18/200 - A Paz Interior o motor da vida (1/3): introdução
No raciocínio anterior iniciámos o capítulo sobre a Paz Interior: o Motor da Vida ainda no campo introdutório (Raciocínio 18/200). Hoje iremos abordar esta mesma paz interior através do Poder da Recordação(1).
Há momentos em que a mente parece um mar revolto(2), pensamentos escuros(3) surgem como ondas imprevistas(4), agitando as águas do nosso ser(5). Esse é o instante(6) que o verdadeiro trabalho começa.(7)
Precisamos perceber que temos de ser objetivos(8) e não perder tempo(9) com esse tipo de pensamentos que limitam pensamentos futuros(10). Se eu pensar em pensamentos de tristeza(11), então os pensamentos que estarão na minha mente serão de tristeza(12) e irei formar em mim emoções de tristeza(13) podendo transformar-se em sentimentos profundos de tristeza.(14)
Trabalho silencioso(15)
No invisível da minha mente(16), há um reconstruir(17). A paz não é um dom que nos é oferecido(18); é uma conquista diária(19), um motor(20) que, uma vez desperto(21), move o "espírito" na direção da vida plena.(22)
Entenda que a paz é um motor que eu preciso manter a funcionar dentro de mim(23). E explicar este assunto é bem mais complexo do que parece(24). Em raciocínios posteriores iremos abordar esta temática também exaustivamente.(25)
Mas o que é a paz senão a harmonia entre o que pensamos e o que somos?(26)
E como alcançá-la, quando os pensamentos insistem em ser tempestades?(27)
O poder da recordação(28)
É aqui que o poder da recordação se ergue como uma âncora de luz(29). Recordar no sentido mais profundo(30), é trazer ao coração algo que nele já existiu(31). A etimologia da palavra o revela: re-cordis, voltar ao coração.(32)
Assim, recordar é um ato de retorno ao centro(33), uma viagem de volta(34) ao que em nós permanece intacto(35), mesmo quando tudo parece ruir.(36)
Quando a tristeza, a angústia ou a raiva se insinuam, o primeiro reflexo é o de nos deixarmos levar(37), como folhas no vento(38). Mas a consciência, esse clarão que habita em nós(39), pode intervir(40). O esforço cognitivo é o gesto(41) de quem segura o leme(42) e diz: "Não. Eu escolho lembrar o que me faz bem."(43)
Lembrar o quê?(44)
Lembrar os instantes(45) em que o sorriso nos acalmou(46); o pôr do sol que silenciou o tumulto interno(47); o aroma do pão quente da infância(48); a mão que um dia nos segurou(49). Essas recordações não são meras memórias sentimentais(50), são ferramentas cognitivas(51) de realinhamento emocional.(52)
Quando evocadas com intenção(53), elas reconstroem as ligações neuronais(54) que sustentam a serenidade.(55)
O pensamento negativo é um hábito(56)
Mas o hábito também se educa(57). E educar o pensamento é um ato de heroísmo discreto(58). Requer persistência(59), como quem todos os dias decide abrir a janela para o sol(60), mesmo sabendo que o nevoeiro insiste.(61)
Recordar, então, torna-se um gesto de resistência(62): a arte de contrariar a sombra com a lembrança da luz(63). E quanto mais exercitamos essa evocação consciente(64), mais o cérebro aprende a escolher o caminho da harmonia.(65)
É preciso, contudo, reconhecer que esse processo não é instantâneo(66). A paz interior não se instala por decreto(67); é cultivada com paciência(68) e presença(69). Cada vez que substituímos um pensamento de dor(70) por uma lembrança de beleza(71), estamos a redesenhar o mapa do nosso próprio ser.(72)
A recordação torna-se, assim, um motor cognitivo(73) da transformação(74). A recordação religa a mente ao coração(75), e o coração à essência(76). É um ato de liberdade mental(77), um gesto filosófico que afirma: "Sou mais do que penso."(78)
No fim, a paz interior não é ausência de conflito(79), mas domínio do rumo(80). É o poder de recordar, no meio da tempestade(81), que o mar também conhece a calma(82) e que somos nós os navegadores do nosso próprio pensamento.(83)
Nos raciocínios posteriores iremos abordar que atitude ter face aos conflitos no local de trabalho(84). Como vamos manter a calma?(85) No Raciocínio 102 iremos explicar sobre o "antídoto"(86). Mas até lá teremos um caminho de entendimento a percorrer(87). E este caminho será feito por si(88) na sua disponibilidade.(89)
Quero aprofundar esta reflexão, introduzindo a parte prática(90) e cognitiva do processo(91), estruturada em passos conscientes(92) que levam à paz interior através da recordação(93). Uma teoria à ação interior.(94)
Há, porém, um ponto essencial: a paz interior não nasce apenas da contemplação(95), mas do exercício consciente da mente.(96)
O pensamento, quando deixado livre(97), tende a vaguear por entre memórias distorcidas(98), por medos antigos(99), por feridas não saradas.(100)
O pensamento repete padrões(101) como um disco riscado(102), e sem que percebamos, já nos envolvemos na música do sofrimento(103). Por isso, é necessário atuar cognitivamente(104), com disciplina(105) e ternura(106), para reorientar o rumo da nossa vida(107) e dando sentido à nossa existência.(108)
Parte Prática(109)
O primeiro passo é tomar consciência dos pensamentos(110)
Perceber que o pensamento negativo chegou(111) sem julgá-lo(112), sem tentar expulsá-lo à força(113). Apenas observá-lo(114). É como ver uma nuvem que encobre o sol(115): se a identificamos, sabemos que não é o céu inteiro(116). Essa consciência é a luz inicial do despertar(117). É o momento em que deixamos de ser reféns da mente(118) para nos tornarmos seus observadores atentos.(119). E nós vamos aprender esta técnica em profundidade quando lidarmos com os conflitos no local de trabalho.(120)
O segundo passo é substituir o pensamento intrusivo(121)
Por uma recordação que nos devolva à harmonia(122). Não se trata de negar o que sentimos(123), mas de escolher onde colocamos o foco da energia mental(124). A recordação atua como uma chave de transmutação(125): ela muda o clima interior(126). Se estamos a ter pensamentos de tristeza, isso provocará a emoção de tristeza.(127)
Podemos recorrer às nossas próprias criações(128): fotos, vídeos, pequenos registos de viagens, momentos de riso, encontros sinceros(129). Vivemos num tempo em que a tecnologia, tantas vezes vista como distração, pode ser convertida em ferramenta "espiritual"(130). Assim como se monta um vídeo no TikTok ou num álbum digital, podemos montar dentro de nós um mural de recordações luminosas(131), fragmentos de vida que nos lembram de quem somos quando estamos em paz.(132)
O uso dos Tiktoks(133) nesse sentido é vital(134). Podemos dar-lhe um rumo bem diferente(135), usando como uma ferramenta a nosso favor(136). As fotos e vídeos das nossas viagens convertidas em lembranças(137), para nos ajudar no poder da recordação(138). Eu por exemplo tenho centenas de tiktoks, e gravo todos os dias vários(139). Ajudam-me a centrar o meu pensamento naquilo que me faz feliz(140). Esta é uma das estratégias que uso para meu proveito pessoal(141), na construção do meu interior(142), naquilo que faz sentido(143), que dá sentido(144): viagens, rir, estar com quem amo(145). Este jogo emocional(146) é trabalhado por mim(147) e para mim.(148)
Quando o pensamento sombrio se impõe(149), o exercício é claro: pausar e recordar(150). Trazer à mente a imagem do mar calmo de uma viagem(151), o som da risada de um amigo(152), a sensação de caminhar sob o sol, o instante em que o mundo parecia respirar connosco(153). Essas memórias são âncoras cognitivas(154). Não são fuga(155), são reconexão.(156)
E quanto mais vezes praticamos esse gesto(157), mais o cérebro compreende o novo caminho(158). O que antes era um ciclo vicioso de negatividade(159), transforma-se num ciclo virtuoso de autoconsciência(160) e substituição consciente(161). O hábito mental(162), reeducado(163), começa a servir-nos(164) em vez de nos dominar.(165)
A paz interior, então, deixa de ser um conceito abstrato(166) para se tornar uma construção ativa(167). Não é o silêncio que chega por acaso(168), é o silêncio que se conquista pelo esforço(169) de cada lembrança escolhida(170). Cada recordação benigna(171) é uma semente plantada na mente(172). Cada vez que a evocamos(173), regamos o jardim interior.(174)
E aos poucos, o ruído vai-se dissipando(175). O coração, antes disperso(176), reencontra o ritmo da serenidade(177). A vida retoma o seu motor: o movimento calmo de quem, em meio à confusão, sabe lembrar.(178)
E neste processo iremos ter um caminho longo a percorrer.(179)
Abraço fraterno
Nuno Miguel R. S. Gomes
(Sociólogo e Filósofo)
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