
Raciocínio 41/200
Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 14): "Dar espaço ao outro" - 9ª dimensão
Motivação para viver, a busca pela felicidade através de um método de esforço cognitivo. O método que usamos é efetuado por etapas graduais. Será o encadeamento destas etapas que nos levará a entender este processo complexo constituído por 200 raciocínios.
Começaremos vários exercícios de motivação. Poderá comentá-los, ou enviar mensagem em privado para o nosso email: Auto.ajuda.mundo@gmail.com
Iremos gradualmente e por raciocínios adquirir conhecimento motivacional. Sugerimos que comece pela 1° raciocínio para poder perceber o encadeamento dos raciocínios que iremos estabelecer, e faça a leitura ao seu ritmo. Basta em cima selecionar "Raciocínios" e 1/200, e depois por 2/200 e assim por diante.
Vamos fazer aqui um resumo de todos os raciocínios que já abordámos:
1/200 - O início de uma caminhada
2/200 - O problema de atribuir significado a pensamentos que não interessam
3/200 - Não permita que o passado exerça poder sobre si
4/200 - Transcenda as limitações do passado
5/200 - A mente e o poder incrível da imaginação
6/200 - Os rituais do imaginário
7/200 - Preferir a "felicidade" à "depressão"
8/200 - Vamos criar um raciocínio produtivo
9/200 - O problema da crença do poder da atração
10/200 - Escolher a felicidade e recusar a infelicidade
11/200 - A explicação do nosso "segredo"!
12/200 - O problema da Ataraxia
13/200 - A emoção da tristeza
14/200 - Nós somos responsáveis pela maneira como nos sentimos
15/200 - A lei da fé
16/200 - O que fazer com a inveja
17/200 - Quando está tudo escuro e a luz que brilha está bem longe
18/200 - A Paz Interior o motor da vida (1/3): introdução
19/200 - A Paz Interior o motor da vida (2/3): A pedra verde
20/200 - A Paz Interior o motor da vida (3/3): A regra do silêncio deixando de ter razão
21/200 - Retirar de nós a auto-piedade, auto-rejeição, auto-depreciação, auto-anulação (parte 1)
22/200 - Auto-acusação e Auto-piedade (parte 2)
23/200 - Esclarecimento sobre os "Autos"
24/200 - Apanhar pensamentos em flagrante
25/200 - O Poder da Pedra Verde
26/200 - Não tenha medo de Falhar
27/200 - Aumente a sua resistência
28/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 1): Introdução
29/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 2): Projetar potência criadora numa dedicação integral com todos, da mesma forma e continuamente
30/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 3): ofereça presença
31/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 4): "Acolhimento" - 1ª Dimensão
32/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 5): "Acolhimento" (continuação)
33/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 6): "Apoio" - 2ª dimensão
34/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 7): "Apoio" - 2ª dimensão (continuação)
35/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 8): "Projeção" - 3ª dimensão
36/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 9): "Valorizar" - 4ª dimensão
37/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 10): "Entrar em sintonia" - 5ª dimensão
38/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 11): "ilumine o outro" - 6ª dimensão
39/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 12): "Como definir o Campo de Ação e o Poder de saber o nome" - 7ª dimensão
40/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 13): "Altere o seu olhar" - 8ª dimensão
Hoje chegamos à nossa 9ª dimensão – "dar espaço ao outro". Na verdade como já antes referimos existem mais do que 9 dimensões. Serão milhares de dimensões, o ser humano está sempre em constante mudança, e percebermos cada um dos elementos ajuda-nos a projetarmos amor, a irradiarmos potência criadora.
Se todas as anteriores dimensões são formas de presença que se dão, a última é a dimensão de "dar espaço".
A maior dádiva é dar ao outro o lugar para respirar, para existir no seu próprio ritmo, para dançar a sua dança sem a nossa mão a puxar.
É uma forma de amor silencioso, quase invisível, que não exige resposta nem agradecimento.
Quando criamos esse espaço, entramos num sentido belo de respeito.
Na relação precisamos de dar esse espaço, que passa por um não fazer conjunto. As pessoas são diferentes. Têm gostos diferentes. É preciso dar espaço para cada um preencher as suas necessidades como melhor entender.
Na relação não precisamos estar grudados na pessoa, podemos simplesmente deixar o outro ter os seus tempos para fazer o que gosta, mesmo não indo ao encontro dos nossos gostos, nem tem de ir.
É um gesto de confiança na vida e nas possibilidades que nascem.
Dar espaço é reconhecer que a vida não se cumpre no nosso controlo, mas no encontro entre liberdades.
Quando deixamos o outro ser, também nós respiramos mais fundo e descobrimos que a relação floresce no equilíbrio entre proximidade e distância, entre presença e ausência.
E tem de haver este equilíbrio de respiração.
E assim, ao chegarmos à 9ª dimensão, percebemos que a felicidade plena não está em possuir, mas em abrir, em confiar, em deixar que cada um seja inteiro dentro do laço que nos une.
Dar espaço é reconhecer que a vida se expande quando não a tentamos prender.
Esse gesto devolve dignidade, abre confiança, cria uma harmonia que não nasce da fusão, mas do respeito pela diferença.
É nesse equilíbrio entre estar e deixar estar que a relação encontra a sua respiração mais profunda.
O amor, quando sabe dar espaço, não se torna mais frágil: torna-se mais forte, porque não depende de imposição, mas da liberdade que cada um sente em poder ser inteiro ao lado do outro.
A 9ª dimensão recorda-nos que a felicidade plena floresce no campo onde coexistem a proximidade e a distância, o toque e a pausa do toque.
Não somos donos do corpo da outra pessoa
Numa relação amorosa você não é o dono do corpo da outra pessoa. As pessoas têm os seus tempos, os seus desejos, e tudo isso tem de ser respeitado.
Não somos nem os donos do corpo nem da vontade do outro.
Respeitar isso é um ato profundo de amor: permite que a presença seja leve, livre de cobranças, e que cada um se encontre consigo mesmo enquanto compartilha a vida com o outro.
Cada coração tem lugar para existir, para respirar, para se mover no seu próprio ritmo, sem medo de perder a conexão.
Não impomos nem ritmos, nem coreografia
E temos de oferecer a cada pessoa, esta liberdade de expressão, de serem, de existirem sem impor ritmos, sem impor uma coreografia definida. As pessoas dançam ao seu ritmo.
Abordaremos isto em profundidade no Raciocínio 65 - "Dance nas suas relações sem impor coreografia".
Aqui encontramos uma expansão linda à 9ª dimensão, tornando-a quase um princípio universal de presença e respeito.
E temos de oferecer isso a cada pessoa: essa liberdade de cada pessoa dançar ao seu próprio compasso, e quando conseguimos acolher essa dança sem tentar conduzi-la, damos um presente imenso: o da confiança, da autonomia, e do respeito genuíno.
Dar espaço é perceber que a presença não precisa ser medida nem controlada.
É estar com o outro com atenção plena, mas sem agarrar, sem marcar passos.
Acima de tudo, compreenda que a outra pessoa não é obrigada a ter os seus gestos. Pode ter outra forma de pensar, fazer e agir.
Eu não me despersonalizo, mantenho os meus ritmos, a minha forma de existir no mundo, e dar espaço ao outro de se expressar muitas das vezes diferentemente de mim mesmo.
Um conjunto de preceitos que não podem ser violados
Compreenda que o respeito passa por um conjunto de preceitos que não podem ser violados.
Cada pessoa tem direito à sua intimidade e autonomia, e isso inclui espaços e objetos pessoais que não devem ser invadidos:
• O computador é pessoal, é um espaço de privacidade e de criação que não pode ser violado.
• O telemóvel é pessoal, guardião de pensamentos, mensagens e escolhas que pertencem apenas a quem os possui.
Respeitar esses limites é um gesto de amor e de confiança.
É reconhecer que a liberdade do outro não é negociável e que a relação floresce quando cada pessoa sente que tem seu próprio espaço para existir, criar e se expressar.
Você não é o dono dos sons que o telemóvel imite
Por favor deixe a outra pessoa em paz!
É permitir que a vida flua dentro da relação, sabendo que o verdadeiro encontro se dá no equilíbrio entre proximidade e liberdade.
Respeitar esses limites concretos é também respeitar a pessoa como um todo.
Dar espaço não é apenas permitir liberdade física ou material, mas dar liberdade emocional, mental e criativa.
É aceitar que cada um tem o seu mundo interior, as suas escolhas, os seus tempos e ritmos, e que nenhum deles deve ser invadido ou forçado.
Quando incorporamos esse respeito em todas as relações, a presença se torna generosa e leve.
Nós temos uma temática bela sobre este respeito: "Eu adapto-me ou o outro tem de se adaptar a mim?" (Raciocínio 54/200)
A confiança cresce, a intimidade se fortalece e o amor se manifesta de forma plena, sem posses, sem exigências, apenas na alegria de existir lado a lado, cada um inteiro, cada um livre.
E é nesse espaço de respeito e liberdade que a 9ª dimensão se revela na sua totalidade.
Quando oferecemos a cada pessoa a possibilidade de existir no seu ritmo, de expressar-se sem imposições, de manter seus limites e objetos pessoais invioláveis, estamos a praticar a forma mais pura de presença.
Essa dimensão é como um sopro de confiança e cuidado que permeia a relação, tornando-a leve, viva e harmoniosa.
Permite que cada um dance a sua própria dança, sabendo que o outro está ao lado, acompanhando com atenção, mas sem interferir, sem controlar, apenas celebrando a existência do outro.
É neste equilíbrio entre proximidade e liberdade, entre presença e espaço, que floresce a felicidade plena, tornando cada encontro um verdadeiro ato de amor consciente.
Quando chegamos à 9ª dimensão, percebemos que tudo o que cultivámos nas anteriores se integra e ganha sentido:
- acolher (1ª dimensão) abre o coração para todas as pessoas, incluindo as difíceis e acima de tudo essas pessoas tornam-se para nós o nosso laboratório da nossa mudança interior.
- apoiar (2ª dimensão) fortalece todas as relações que temos. Todas as pessoas sabem que podem contar com o nosso apoio, SEMPRE.
- Reconhecer a projeção do outro (3ª dimensão) traz consciência a nós mesmos de que o outro quer ser reconhecido na forma como se projeta no mundo. Quando faz algo, devemos valorizar, dar alento.
- valorizar (4ª dimensão) é reconhecer o brilho de cada pessoa, e nesses atos acrescentamos valor às outras pessoas.
- entrar em sintonia (5ª dimensão), criamos harmonia em todas as relações. Se queremos discordar calamo-nos, e isso não tira de nós a nossa identidade. Apenas queremos criar mais conexões do que desconexões.
Em vez de alimentarmos choques constantes com palavras o segredo está em manter a paz, a serenidade, a diplomacia.
Nós mesmos tendo esta visão de conjunto, alteramos por completo as nossas relações. Deixa de haver o choque e passa haver o SEGREDO de uma vida tranquila, horizontal com todas as pessoas.
- iluminar a outra pessoa (6ª dimensão), espalhar luz, e na verdade o mais belo de tudo, é que quando iluminamos os outros, de repente deixamos de iluminar, já vivemos dentro da própria luz. E isso é belo!
O processo de iluminar os outros na verdade é um processo de me iluminar a mim mesmo, de transformação do meu próprio interior.
- definir o campo de ação e o poder de saber o nome (7ª dimensão) levou-nos a entender que saber o nome de cada pessoa produz reconhecimento no outro. Aquilo que era neutro ou anónimo, passou a um lugar de pertença, onde reconhecemos e somos reconhecidos.
- na 8ª dimensão, propomos alterar o nosso olhar, transformando a perceção da realidade. Deixamos de caçar falhas e passamos a mostrar dignidade pelo outro ser humano.
Esta temática é desenvolvida no Raciocínio 80/200 - "Encontre falhas e destrua a sua relação ".
E hoje vemos a 9ª dimensão – "dar espaço ao outro" sendo a extensão natural de todas estas práticas que temos abordado.
É permitir que a presença:
- se faça sem agarrar,
- que a atenção se dê sem condicionar,
- que a generosidade se manifeste no respeito e na liberdade.
Cada gesto, cada palavra, cada silêncio ganha profundidade quando compreendemos que a felicidade plena nasce da capacidade de estar com o outro de forma inteira e leve, oferecendo apoio e luz, mas também espaço para respirar, existir e florescer.
É assim que a 9ª dimensão encerra o percurso: não como um fim, mas como um convite a viver a relação em plenitude, onde cada dimensão se entrelaça e cada presença se torna um ato de amor consciente, livre e generoso.
A profundidade de dar espaço ao outro é maravilhosa e queremos que descubra dentro de si as formas como o vai fazer.
Por favor, dê espaço aos outros!
Administrador Abraço fraterno
Nuno Miguel R. S. Gomes
(Sociólogo e Filósofo)
Fale comigo, questione: Auto.ajuda.mundo@gmail.com
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