Raciocínio 44/200
Como ter potência criadora - 2 estratégia: O que é um não assunto (continuação): Um segredo que revelamos - A criação das redes de pequenas maledicências no trabalho (parte 2/4)

Motivação para viver, a busca pela felicidade através de um método de esforço cognitivo. O método que usamos é efetuado por etapas graduais. Será o encadeamento destas etapas que nos levará a entender este processo complexo constituído por 200 raciocínios.
Começaremos vários exercícios de motivação. Poderá comentá-los, ou enviar mensagem em privado para o nosso email:
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Iremos gradualmente e por raciocínios adquirir conhecimento motivacional. Sugerimos que comece pela 1° raciocínio para poder perceber o encadeamento dos raciocínios que iremos estabelecer, e faça a leitura ao seu ritmo. Basta em cima selecionar "Raciocínios" e 1/200, e depois por 2/200 e assim por diante.
Vamos fazer aqui um resumo de todos os raciocínios que já abordámos:
1/200 - O início de uma caminhada
2/200 - O problema de atribuir significado a pensamentos que não interessam
3/200 - Não permita que o passado exerça poder sobre si
4/200 - Transcenda as limitações do passado
5/200 - A mente e o poder incrível da imaginação
6/200 - Os rituais do imaginário
7/200 - Preferir a "felicidade" à "depressão"
8/200 - Vamos criar um raciocínio produtivo
9/200 - O problema da crença do poder da atração
10/200 - Escolher a felicidade e recusar a infelicidade (Parte 1)
11/200 - A explicação do nosso "segredo"!
12/200 - O problema da Ataraxia
13/200 - A emoção da tristeza
14/200 - Nós somos responsáveis pela maneira como nos sentimos
15/200 - A lei da fé
16/200 - O que fazer com a inveja
17/200 - Quando está tudo escuro e a luz que brilha está bem longe
18/200 - A Paz Interior o motor da vida (1/3): introdução
19/200 - A Paz Interior o motor da vida (2/3): o poder da recordação
20/200 - A Paz Interior o motor da vida (3/3): A regra do silêncio deixando de ter razão
21/200 - Retirar de nós a auto-piedade, auto-rejeição, auto-depreciação, auto-anulação (parte 1)
22/200 - Auto-acusação e Auto-piedade (parte 2)
23/200 - Esclarecimento sobre os "Autos"
24/200 - Tomar consciência dos pensamentos que temos
25/200 - Preferir a FELICIDADE em vez da infelicidade (Parte 2)
26/200 - Não tenha medo de errar
27/200 - Fortaleça a sua estabilidade interior
28/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 1): Introdução
29/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 2):
Projetar potência criadora numa dedicação integral com todos, da mesma forma e continuamente
30/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 3): ofereça presença
31/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 4): "Acolhimento" - 1ª Dimensão
32/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 5): "Acolhimento" (continuação)
33/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 6): "Apoio" - 2ª dimensão
34/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 7): "Apoio" - 2ª dimensão (continuação)
35/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 8): "Projeção" - 3ª dimensão
36/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 9): "Valorizar" - 4ª dimensão
37/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 10): "Entrar em sintonia" - 5ª dimensão
38/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 11): "ilumine o outro" - 6ª dimensão
39/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 12): "Como definir o Campo de Ação e o Poder de saber o nome" - 7ª dimensão
40/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 13): "Altere o seu olhar" - 8ª dimensão

41/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 14): "dar espaço ao outro" - 9ª dimensão
42/200 - Como ter potência criadora - 1 estratégia: IVA (imposto de valor acrescentado)
43/200 - Como ter potência criadora - 2 estratégia: O que é um não assunto (parte 1/4)

O que iremos desenvolver neste Raciocínio 44°, será a continuação do raciocínio anterior quando abordámos os "não assuntos".(1)

Como ter potência criadora - 2 estratégia: O que é um não assunto (continuação): Um segredo que revelamos - A criação das redes de pequenas maledicências no trabalho (parte 2/4).

Queremos analisar as consequências de quando o "não assunto" cai na armadilha e se transforma em assunto.(2)

Para isso vamos fazer um pequeno resumo do raciocínio anterior.(3)
Um conflito pode ser convertido em não assunto(4), e isto quando não damos palco(5), não prolongamos a situação que aconteceu(6), não arrastamos(7). Aconteceu e passamos à frente(8), para não alimentarmos a situação.(9)

Não assunto não é ausência(10). Existe em nós(11), mas não nos governa(12). É deslocar a atenção(13) sem reprimir(14). A ideia será retirar poder aos conflitos(15), tornando-os em não assuntos.(16)

O risco é o silêncio imposto que corrói por dentro(17). Mas a libertação nasce quando é uma escolha consciente.(18)

No amor, não assunto significa poupar espaço vital para o que importa(19), não consumir a vida em ressentimentos.(20)

Na prática, para que um não assunto não se transforme em armadilha(21), existem alguns preceitos que precisam ser seguidos com rigor.(22)

1. Não partilhe(23)
Um deles é não partilhar conflitos nem indignações(24), não os contar a ninguém(25), nem sequer à família(26).
Para casa não se levam feridas(27), levam-se apenas momentos bons.(28)
Há uma regra fundamental: em casa não entram não assuntos(29), não se lhes dá palco nem no corpo(30), nem na fala(31), nem na mente(32). Não narrar o episódio nem fora nem dentro(33), não transformar o conflito em história.(34)

2. Tirar da mente(35)
Não repisar mentalmente as cenas(36); se conseguirmos mudar o nosso plano mental de um conflito que aconteceu, conseguimos mandar nos nossos pensamentos(37), e nesse instante já não estamos sujeitos a eles.(38)

3. Fertilizar outras coisas mas não assuntos(39)
É substituir o foco por algo fértil(40): ternura, criação, riso.(41)

Quando conseguimos seguir estes passos, o não assunto torna-se um treino secreto de beleza amorosa(42), transformando o que poderia ser veneno em riso e cumplicidade.(43)

Quando damos palco a um não assunto(44)
Mas quando falhamos e ingenuamente damos palco a um não assunto(45), as consequências aparecem depressa.(46)

O que era pequeno começa a multiplicar-se(47), cresce em narrativa(48), expande-se cada vez que o contamos ou pensamos(49).

Ao fazê-lo, estamos a regar a erva daninha que poderia ter secado sozinha.(50)

A poluição chega então ao espaço íntimo(51): a casa deixa de ser refúgio e transforma-se em tribunal(52), o amor fica contaminado pela repetição da ferida.(53)

Também há uma perda inevitável de energia vital(54), porque gastamos tempo(55), memória e emoção a repisar cenas inúteis(56), revivendo-as vez após vez(57). E sempre que falamos nelas, elas ganham mais palco.(58)

Aquilo que poderia ter sido leveza e esquecimento converte-se em peso arrastado.(59)

Desvio da atenção no que é essencial(60)
Outra consequência é o desvio da atenção do essencial. Em vez de nos ocuparmos do que cria beleza, ficamos presos à sombra(61), e o olhar, que poderia estar cheio de ternura, enche-se de suspeita.(62)

Aos poucos, a cumplicidade transforma-se em distância(63): o pacto secreto de não alimentar não assuntos quebra-se(64) e, no lugar do riso cúmplice, instala-se a tensão e a frieza.(65)

E há ainda a erosão silenciosa da confiança(66). Quando o erro se repete demasiado, cria-se o hábito de desconfiar e vigiar(66), e o espaço do amor perde frescura(67), como se o ar ficasse pesado e difícil de respirar.(68)

Quando falhamos e ingenuamente damos palco a um não assunto(69), abrimos a porta a um enredo que não precisava de existir.(70)

O que era pequeno começa a multiplicar-se(71), cresce em narrativa(72), e cada vez que é contado ou pensado, ganha raízes que se espalham.(73)

O nascimento da mesquinhez silenciosa(74)
Esse crescimento não é inocente(75): ele transforma o ambiente e, pouco a pouco, também as pessoas(76).
Um não assunto, quando alimentado, faz nascer uma mesquinhez silenciosa.(77)

As pessoas começam a falar nas costas das outras(78), inventam versões(79), alimentam rumores(80), constroem pequenas histórias(81) que parecem ganhar importância(82) mas que, no fundo, não passam de ruído(83). E que ruído é este senão aquele da estação de rádio que queremos sintonizar e só encontramos ruído. O que fazemos quando isso acontece? Rapidamente tentamos sintonizar numa música.(84)

O que não merecia palco passa a ter voz(85), e essa voz cria divisões desnecessárias(86). Assim, o que poderia ter morrido no instante do conflito ganha vida artificial(87), uma vida que consome energia e espaço vital.(88)

Nesse movimento, a casa deixa de ser refúgio(89) e transforma-se em tribunal(90); o amor, em vez de crescer, fica contaminado pela repetição da ferida.(91)

O tempo que poderia ser investido em ternura ou criação perde-se em cenas inúteis(92). Tanto as que são criadas no seio familiar(93), quanto aquelas que vêm do exterior(94), e vêm para dentro de casa.(95)

A atenção desvia-se do essencial e a cumplicidade transforma-se em distância.(96)

E, mais fundo ainda, a confiança começa a ser erosão da relação(97), porque a mesquinhez instalada gera vigilância e desconfiança.(98)

O ar da relação torna-se pesado, sem frescura(99). E isto aplica-se a todas as relações, no trabalho, em casa.(100)

Tudo isto porque aquilo que deveria ter sido um não assunto foi promovido a assunto.(101)

E na promoção(102) do não assunto a assunto:(103)
- em vez de grandeza, nasce mesquinhez;(104)
- em vez de liberdade, nasce prisão;(105)
- em vez de silêncio fértil, nasce um rumor que não serve a ninguém.(106)

A criação das redes de pequenas maledicências no trabalho(107)
Quando um não assunto é transformado em assunto, ele começa a gerar aquelas teias invisíveis de maledicências(108), pequenas conversas de corredor que parecem inofensivas(109) mas que, no fundo, corroem a confiança e destroem o ambiente.(110)

No espaço de trabalho, a transformação de um não assunto em assunto ganha ainda mais gravidade(111), porque abre caminho à criação de redes de pequenas maledicências.(112)

Tudo começa com uma frase solta(113), uma indignação partilhada num corredor(114), uma versão contada a alguém que não tinha nada a ver com o conflito.(115)

Esse gesto aparentemente inocente é a semente.(116)

Daí em diante, cada pessoa que recebe a história acrescenta uma nuance, uma opinião, um julgamento.(117)

O que era pequeno e quase insignificante passa a circular(118), cresce como bola de neve e ganha peso que nunca deveria ter.(119)

Essas redes de maledicência instalam-se devagar, mas com efeito corrosivo.(120)

Criam alianças artificiais(121), "grupinhos"(122) que se formam em torno da narrativa do conflito(123). Os colegas deixam de olhar uns para os outros e começam a filtrar cada gesto através da lente da suspeita(124).

A confiança, que é o alicerce de qualquer equipa, começa a esfarelar-se.(125)

O ambiente de trabalho fica envenenado por comentários de bastidores(126), por histórias repetidas que alimentam a divisão.(127)

A consequência mais perversa é que o verdadeiro trabalho, a criação, a cooperação, passam para segundo plano.(128)

A energia que deveria estar dirigida para o crescimento da equipa e da própria vida profissional é desviada para manter vivas essas pequenas redes de maledicência.(129)

E quanto mais se fala, mais se cria uma falsa importância para o que nunca deveria ter existido.(130)

O que poderia ter sido silenciado(131) com um gesto consciente de não assunto(132) torna-se assim num labirinto de pequenas intrigas.(133)

E nesse labirinto todos acabam a perder:(134)
- perde quem é alvo da maledicência;(135)
- perde quem a espalha;(136)
- perde a equipa inteira, que vê o ar tornar-se pesado(137)
- e o espaço de trabalho encolhe em confiança.(138)

Não torne não assuntos em assuntos.(139)

Quer falar de um não assunto?(140)
Não!

Nuno Miguel R. S. Gomes
(Sociólogo e Filósofo)

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