
Raciocínio 51/200
Relações horizontais e não verticais: a unilateralidade - parte 1
Motivação para viver, a busca pela felicidade através de um método de esforço cognitivo. O método que usamos é efetuado por etapas graduais. Será o encadeamento destas etapas que nos levará a entender este processo complexo constituído por 200 raciocínios.
Começaremos vários exercícios de motivação. Poderá comentá-los, ou enviar mensagem em privado para o nosso email: Auto.ajuda.mundo@gmail.com
Iremos gradualmente e por raciocínios adquirir conhecimento motivacional. Sugerimos que comece pela 1° raciocínio para poder perceber o encadeamento dos raciocínios que iremos estabelecer, e faça a leitura ao seu ritmo. Basta em cima selecionar "Raciocínios" e 1/200, e depois por 2/200 e assim por diante.
Vamos fazer aqui um resumo de todos os raciocínios que já abordámos:
1/200 - O início de uma caminhada
2/200 - O problema de atribuir significado a pensamentos que não interessam
3/200 - Não permita que o passado exerça poder sobre si
4/200 - Transcenda as limitações do passado
5/200 - A mente e o poder incrível da imaginação
6/200 - Os rituais do imaginário
7/200 - Preferir a "felicidade" à "depressão"
8/200 - Vamos criar um raciocínio produtivo
9/200 - O problema da crença do poder da atração
10/200 - Escolher a felicidade e recusar a infelicidade (Parte 1)
11/200 - A explicação do nosso "segredo"!
12/200 - O problema da Ataraxia
13/200 - A emoção da tristeza
14/200 - Nós somos responsáveis pela maneira como nos sentimos
15/200 - A lei da fé
16/200 - O que fazer com a inveja
17/200 - Quando está tudo escuro e a luz que brilha está bem longe
18/200 - A Paz Interior o motor da vida (1/3): introdução
19/200 - A Paz Interior o motor da vida (2/3): o poder da recordação
20/200 - A Paz Interior o motor da vida (3/3): A regra do silêncio deixando de ter razão
21/200 - Retirar de nós a auto-piedade, auto-rejeição, auto-depreciação, auto-anulação (parte 1)
22/200 - Auto-acusação e Auto-piedade (parte 2)
23/200 - Esclarecimento sobre os "Autos"
24/200 - Tomar consciência dos pensamentos que temos
25/200 - Preferir a FELICIDADE em vez da infelicidade (Parte 2)
26/200 - Não tenha medo de errar
27/200 - Fortaleça a sua estabilidade interior
28/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 1): Introdução
29/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 2): Projetar potência criadora numa dedicação integral com todos, da mesma forma e continuamente
30/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 3): ofereça presença
31/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 4): "Acolhimento" - 1ª Dimensão
32/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 5): "Acolhimento" (continuação)
33/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 6): "Apoio" - 2ª dimensão
34/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 7): "Apoio" - 2ª dimensão (continuação)
35/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 8): "Projeção" - 3ª dimensão
36/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 9): "Valorizar" - 4ª dimensão
37/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 10): "Entrar em sintonia" - 5ª dimensão
38/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 11): "ilumine o outro" - 6ª dimensão
39/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 12): "Como definir o Campo de Ação e o Poder de saber o nome" - 7ª dimensão
40/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 13): "Altere o seu olhar" - 8ª dimensão
41/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégias (Parte 14): "dar espaço ao outro" - 9ª dimensão
42/200 - Como ter potência criadora - 1 estratégia: IVA (imposto de valor acrescentado)
43/200 - Como ter potência criadora - 2 estratégia: O que é um não assunto (parte 1/4)
44/200 - Como ter potência criadora - 2 estratégia: O que é um não assunto (continuação): Um segredo que revelamos - A criação das redes de pequenas maledicências no trabalho (parte 2/4)
45/200 - Como ter potência criadora - 2 estratégia: O que é um não assunto (continuação): A dificuldade de tornar um assunto em não assunto (3/4)
46/200 - Como ter potência criadora - 2 estratégia: O que é um não assunto (continuação): na prática o que deixar de fazer (parte 4/4)
47/200 - Como ter potência criadora - 3 estratégia: Não chame os outros à atenção
48/200 - Como ter potência criadora - 4 estratégia: Cale-se por favor!
49/200 - Como ter potência criadora - 5 estratégia: A história de Tolstói (uma reflexão)
50/200 - Como ter potência criadora: Finalmente - Os miminhos
Este é pois o nosso Raciocínio 51/200 - Relações horizontais e não verticais: a unilateralidade - parte 1.
Hoje iremos iniciar uma caminhada nova(1) introduzindo neste Raciocínio cinco conceitos:(2)
1- Relações horizontais,
2- Relações verticais
3- Unilateralidade
4- Reciprocidade
5- A não existência de pessoas tóxicas
O sofrimento humano é muito pessoal e muito individual(3). Quando sofremos por vezes nem sempre somos confortados da melhor forma(4). Quando estamos perante alguém que nos diz "tu és forte", "tu és capaz"...(5) cada pessoa tem a sua forma de nos tentar ajudar(6). Não podemos entrar num jogo de moralização(7). Em moralizar alguém se está a agir bem ou se está a agir mal para connosco(8). Por vezes quando nos tentam ajudar nem sempre a ajuda vem da forma que esperamos(9). E ao invés de moralizarmos esse gesto(10), simplesmente precisamos agradecer o ato em si mesmo.(11)
Moralizar alguém é uma tarefa inútil(12) e cria mais distância do que conexão(13), mais separação e menos atração(14). Quando digo atração quero dizer uma ponte de contato(15). É muito fácil separar de alguém(16). É mais difícil criar uma ponte de contato(17). Apenas no Raciocínio 76 iremos aprofundar a questão da moralização(19) e percebermos que produz mais afastamento do que aproximação nas relações que temos(20). A temática do Raciocínio 76 - Somos amorais com os outros: o poder da agulha.(21)
Todos temos ideias dentro de nós mesmos daqueles que para nós têm valor e daqueles que não têm valor(22). Aqui encontramos novamente um processo inútil(23). Achar uns melhores que outros.(24)
Penso que há esta necessidade de horizontalizar relacionamentos(25). As pessoas têm relações verticais(26). As relações verticais colocam uns acima e outros abaixo(27) e outros bem abaixo.(28)
Publicamos estas mensagens de Auto-Ajuda nos nossos Grupos no Facebook(29) e partilhamos com todos os membros(30). São apenas direcionadas para quem se identifica com elas(31). Por isso no início de cada publicação sempre explicamos que tipo de mensagens são e fazemos este pequeno alerta: "se esta publicação não é para si, por favor ignore e passe à frente. Seja uma pessoa que promove a paz, basta de guerra".(32)
Quem não se identifica com as nossas publicações no Facebook fica transtornado de receber uma mensagem de Ajuda(33). De facto se o grupo é de "Futebol história em Portugal" e recebem uma mensagem diária de Motivação e Auto-Ajuda, não parece razoável alguém ficar irritado com uma mensagem de Motivação(34). Trata-se apenas de uma partilha positiva, que não contraria o espírito do grupo(35). Muitas vezes, essa irritação nasce de uma leitura demasiado rígida do que 'deve' ou não ser partilhado(36). É como se o membro ficasse irritado por estar a ver um canal de Futebol e surgir a publicidade a uma manteiga(37). É apenas algo paralelo, um canal de televisão e um Grupo de Futebol no Facebook(38). Uma publicidade não altera as milhares de publicações sobre futebol.(39)
Transtornado por receber uma mensagem de Ajuda?(40) Num processo exclusivamente cognitivo e nada de esotérico?(41)
Então costumo contar uma história: eu sou apenas uma pequena formiguinha que se atreveu a passar na frente dessas pessoas para ser esmagada por elas.(42)
Horizontalizar relações(43)
Não estou a falar de "igualdade comportamental"(44) nem a exigir reciprocidade(45). No fundo, não estou a dizer: "eu dou, logo tu tens de dar igual".(46)
Estou a dizer que na minha forma de me relacionar não fazemos escalas de importância(47), não construo degraus onde uns estão acima de outros na minha consideração.(48)
Ou seja, horizontalizar é olhar para todas as pessoas com o mesmo valor fundamental(49), sem criar hierarquias afetivas(50) onde uns contam sempre mais e outros contam sempre menos independentemente do modo como cada um age connosco.(51)
Relações verticais(52)
Serão aquelas onde a pessoa organiza a sua afetividade numa pirâmide(53), reservando mais importância a alguns e colocando outros num patamar inferior.(54)
Relações horizontais são uma forma muito honesta de querer ver as pessoas sem favoritismos.(55)
Pessoas tóxicas(56)
Portanto o tema toxicidade não tem qualquer valor para mim(57). Se partirmos deste princípio de horizontalidade onde não colocamos uns acima de outros(58), não fazemos hierarquias emocionais(59), nem avaliamos as pessoas por escalas de importância(60) e o discurso sobre "relações tóxicas" perde força.(61)
A ideia de toxicidade parte muitas vezes de quem faz distinções(62), do tipo "esta pessoa faz-me mal, aquela faz-me bem"(63), quase como se escolhesse quem merece estar no topo da sua pirâmide de afeto e quem deve ser descartado.(64)
No nosso modelo, no Movimento de Motivação e Auto-Ajuda, não nos prendemos a dar mais valor a uns do que a outros(65). Não fazemos dependências emocionais verticais(66), a tal "toxicidade" simplesmente não tem espaço(67). Não temos nada a proteger de "danos" de alguém(68), porque não nos colocamos na posição de privilegiar um vínculo em detrimento de outro.(69)
No fundo, é como se não víssemos as pessoas em função do quão úteis, boas ou más são para nós.(70)
Vemos cada pessoa especial e única(71) mesmo que seja uma "estúpida" para comigo.(72)
Reconhecer que mesmo alguém que se comporte de forma "estúpida" connosco continua a ser especial e única(73). Não preciso transformar essa pessoa num inimigo(74), nem reduzir o valor dessa pessoa a um rótulo negativo.(75)
Não existem pessoas "Luz" e pessoas "Sombra"(76)
É apenas uma forma de vermos as pessoas como se cada uma delas tivesse luz ou sombra e recusar-me a classificá-las apenas por aquilo que me fazem.(77)
Falar em "luzes e sombras" ainda cai numa classificação(78), como se fôssemos dividir as pessoas em partes boas e más(78), ou qualidades e defeitos(79), o que também não faz sentido.(80)
As pessoas são o que são(81), com gestos que às vezes nos ferem e gestos que às vezes nos alegram(82), mas continuam a ser especiais pelo simples facto de existirem(83), sem que precise de recortar a pessoa em parcelas de "luz" ou "sombra".(84)
Não posso reduzir as pessoas a um nada de existência(85), mas acolher a totalidade(86) sem fazer uma grelha de avaliação(87). Afinal esse foi o projeto de Hitler(88). E nós não queremos ser descendentes desse modelo de exclusão de pessoas(89). Iremos aprofundar esta temática mas não agora(90).
O Movimento de Motivação e Auto-Ajuda tem uma visão ampla(91), onde a dignidade de cada pessoa não se perde só porque, pontualmente, age de forma agressiva, injusta ou limitada.(92)
Isto dissolve a lógica da "toxicidade"(93) porque não nos focamos em proteger o nosso território afetivo.(94)
Vemos a pessoa como um todo(95), incluindo a parte que me magoa(96), e não vou descartá-la como má.(97)
O tema é complexo porque há sempre um campo vasto para agirmos com as situações na medida que vão acontecendo.(98)
A questão pertinente é apenas um saber agir no momento em que formos maltratados(99). E aqui está a arte do nosso Movimento de Motivação e Auto-Ajuda.(100)
Não queremos criar logo ali um abismo na relação(101) mas queremos criar uma ponte.(102)
Quando alguém nos maltrata, não faz sentido fechar imediatamente a porta(103) ou cavar um abismo(104), mas também não vamos fingir que nada se passou.(105)
Muitas vezes falamos sobre isto. Não podemos fingir que o sofrimento não existe(106), já antes falámos em ataraxia - Raciocínio 12 - O Problema da Ataraxia(107)
É um saber agir com clareza no momento(108), mas de um modo que não destrua a relação(109), ou seja, criando uma ponte(110), não um muro.(111)
Estas situações são demasiadamente complexas(112). Porque basta um deslize da nossa parte (e nós seremos a parte maltratada) para criarmos um abismo na relação(113) e reconstruir a ponte(114) será quase uma tarefa dificílima(115). Iremos abordar a reconstrução de pontes no Raciocínio 67 - Quando os outros endurecem o semblante: a ponte caída(116). Se já é difícil fazer uma ponte com pessoas difíceis(117), imagine reconstruir uma ponte onde já fizemos um abismo(118). É isso que trataremos no Raciocínio 67.
Ainda temos a dificuldade de mantermos a ponte quando apenas esta tarefa é unilateral(119). Esta é a beleza da horizontalidade(120), é a minha unilateralidade.(121)
1. Unilateralidade(122)
Chamo unilateralidade, no sentido de que sou eu que decido como agir(123), sem depender do comportamento do outro.(124)
Precisamos ter sempre presente em nós mesmos que eu só me preocupo com o meu agir(125), com as minhas palavras(126), com os meus pensamentos.(127)
Sempre será esta a nossa preocupação para podermos criar pontes e não abismos: Eu!(128)
Horizontalizar as relação porque, aconteça o que acontecer, a nossa forma de ver e sentir permanece firme(129): reconhecemos cada pessoa como única, especial, sem a colocar abaixo ou acima, mesmo que ela nos maltrate.(130)
É uma escolha unilateral(131)
Isto significa que não vamos esperar que o outro corresponda ao nosso modo de ver(132), nem que mude de atitude para nos merecer.(133)
Sou eu que coloco a ponte.(134)
Sou eu que mantenho a abertura.(135)
Sou eu que escolho não cavar abismos.(136)
Quando algo acontece por exemplo na nossa relação amorosa, seremos os primeiros e em segundos depois, a dar o nosso AMOR porque escolhemos pontes e não abismos.(137)
Não vamos amuar.(138)
Não vamos se quer esperar pelo pedido de desculpas(139). É isso que vamos aprofundar no Raciocínio 64 - "Um amor raro que faz relações durarem anos - Não precisamos que nos peçam desculpa".(140)
Somos nós que construímos as pontes e sempre e de imediato.(141)
No fundo, a nossa horizontalidade não depende do outro(142), nasce da nossa própria coerência interna(143). Será uma autonomia incrível(144), porque não ficamos reféns do comportamento alheio.(145)
Unilateralidade significa algo feito ou decidido por apenas um lado (só o meu lado)(146), sem o envolvimento do outro.(147)
Então defendemos uma atitude unilateral a nossa atitude face ao outro.(148)
Não defendemos Reciprocidade(149)
O contrário disso seria uma ação ou relação onde ambos os lados participam(150), concordam ou influenciam(151) e aí faria muito sentido falar em reciprocidade(152), porque envolveria a troca mútua, ação de ambos os lados.(153) e é aqui que entra a moralização nas relações(154), precisamente o que as faz destruir(155), mas também não vamos aprofundar isso agora.
A nossa ação não depende da reciprocidade.(156)
A nossa ação é unilateral.(157)
Agimos sempre em amor(158), por amor(159) e daremos sempre o primeiro passo, sempre e de imediato.(160)
Estabelecendo a nossa unilateralidade conseguimos estabelecer a nossa horizontalidade para com todos:(161)
- não hierarquizo as minhas relações ou seja não ponho a pessoa abaixo de mim só porque me maltratou;(162)
- não classifico as pessoas ou seja não reduzo a pessoa a "má" ou "tóxica".(163)
- Também não me anulo(164) e isto significa que cada situação no momento que acontece precisa ser resolvida nesse momento e com essa pessoa.(165)
Atenção que esta temática é bastante mais complexa(166). Há um sem número de formas para agirmos bem.(167)
Agir no momento em que a coisa acontece(168), sem rancor acumulado(169) nem dramatização posterior.(170)
O caminho que propomos mantem a ponte aberta(171), sem perdermos a ponte que nos mantém ligados.(172)
Abraço fraterno
Nuno Miguel R. S. Gomes
(Sociólogo e Filósofo)
Fale comigo, questione: Auto.ajuda.mundo@gmail.com
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